terça-feira, 28 de julho de 2015

TUDO COMEÇOU COM O TREM ( IMAGENS DE 80 ANOS ATRÁS EM LONDRINA )


TUDO COMEÇOU COM O TREM.Imagens de um feito: há 80 anos, o trem chegava em Londrina

JL selecionou fotos do acontecimento que mudaria a história de Londrina e do Norte do Paraná

Marcelo Frazão
  • Marcelo FrazãoOs trabalhadores que fizeram chegar o trem a Londrina: esforço de muita gente humilde que fez brotar o desenvolvimento regional (Crédito: Museu Histórico/Divulgação)
Faz exatamente 80 anos que aconteceu. Perto das 15h do dia 28 de julho de 1935, o povo fez festa para a chegada da primeira locomotiva na Estação Férrea de Londrina – um casebre de madeira instalado onde hoje é o piso inferior do Terminal Urbano de Londrina.
O feito, como mostrou o Jornal de Londrina, mudou a história de Londrina e do Norte do Paraná.
Com as locomotivas Baldwin construídas em Nova Iorque vieram milhares de compradores de terras, trabalhadores, mercadorias e as novas cidades não pararam de surgir ao longo da linha, até Maringá.
  • Alguns vagões foram içados sobre o Tibagi para testes do lado de cá, antes da abertura da linha  e construção da ponte (Crédito: José Juliani/Museu Histórico)
    Alguns vagões foram içados sobre o Tibagi para testes do lado de cá, antes da abertura da linha e construção da ponte (Crédito: José Juliani/Museu Histórico)
  • Antônio Cristiano Luza posa ao lado de um "motor", na década de 1970, provavelmente entre a Rua Guaporé e Pernambuco, quando havia cancelas para separar a linha férrea do trânsito comum (Crédito: Arquivo da família Luza)
  • A bela linha férrea sobre o Rio Tibagi (Crédito: Acervo família Luza)
    A bela linha férrea sobre o Rio Tibagi (Crédito: Acervo família Luza)
  • O momento da chegada da locomotiva com a comitiva de ingleses e membros dos governos: à frente, a bandeira do Brasil e da Inglaterra (Crédito: Museu Histórico/Divulgação)
    O momento da chegada da locomotiva com a comitiva de ingleses e membros dos governos: à frente, a bandeira do Brasil e da Inglaterra (Crédito: Museu Histórico/Divulgação)
  • A estação ferroviária de Londrina, novinha em folha: hoje, piso inferior do Terminal no centro (Crédito: José Juliani/Museu Histórico)
    A estação ferroviária de Londrina, novinha em folha: hoje, piso inferior do Terminal no centro (Crédito: José Juliani/Museu Histórico)
  • Um recorte de jornal no qual a Companhia de Terras anunciava a
    Um recorte de jornal no qual a Companhia de Terras anunciava a "ausiciosa notícia" sobre os novos tempos para Londrina e região com a chegada dos trens (Crédito: Arquivo da família Luza)
  • O povo se aglomera na antiga estação para saudar a chegada da primeira locomotiva Baldwin a Londrina (Crédito: Museu Histórico/Divulgação)
    O povo se aglomera na antiga estação para saudar a chegada da primeira locomotiva Baldwin a Londrina (Crédito: Museu Histórico/Divulgação)
Fazer o trem chegar a Londrina não foi tarefa simples para a Companhia de Terras do Norte do Paraná (CTNP). Antes, era preciso erguer uma ponte sobre o perigoso Rio Tibagi, esticando a linha de Jataizinho – que entre 1932 e 1935 era a estação “final” – até o povoado que não tinha mais que 600 habitantes.
Em Londrina, as últimas viagens de trem foram em 1982, quando o ex-prefeito Antônio Belinati finalizou a retirada da linha que “cortava a cidade ao meio”.
Pesquisador do tema, o museólogo Niger Marena, hoje responsável pelo Museu de Geologia e Paleontologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), refez a narrativa daquele dia: “Os curiosos do povoado de Londrina vão se reunindo em torno da primeira estaçãozinha... as primeiras horas da manhã são frustrantes. Ele começa a deixar a Estação de Jataizinho por volta das 11h daquela manhã. Vem devagar para que as autoridades e convidados possam observar em “detalhes” a ponte sobre o Rio Tibagi. Quando todos já se encontram desapontados eis que ouvem um apito!!! É elaaaaa! ... A Baldwin 1910 fabricada em Nova York anunciando sua chegada, finalmente desponta trazendo as bandeiras nacional do Brasil e da Inglaterra. Fogos pipocam! Finalmente ela chegou...”
JL selecionou algumas imagens históricas daquele 28 de julho, cedidas pelo Museu Histórico Padre Carlos Weiss e também pelo arquivo familiar do comerciante londrinense Claudio Luza, cujo pai – Antônio Cristiano Luza – foi ferroviário por 35 anos aqui na região.
E você? Tem memórias das viagens de trem entre Londrina e São Paulo ou outras cidades? Queremos conhecê-las!

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